quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mea Culpa (texto de janeiro)

Decidi que finalmente era hora de tirar meu passaporte e, não sei se por costume, ou se por mero preconceito, estava achando que ia me lascar com a quantidade de documentos que me seriam solicitados pelos "home" da Polícia Federal. Foi quando me surpreendi com o fato de que eles não pedem nada demais. É até fácil tirar uma passaporte comum brasileiro. Pois bem, lá fui eu atrás da minha velha pasta amarela de documentos.

Fuçando-a encontrei meus diplomas e o meu histórico escolar de graduação. Resolvi então, depois de muitos anos (4 na verdade) analisá-lo. Depois de um tempo eu pensei "Eu era uma porra de um vagabundo mesmo!". Pensem numa raiva que tive de mim mesmo! Pois é. Olhando aquelas notas e lembrando dos fatos que me levaram a tirá-las percebi o quão imaturo e estúpido eu era.

Pra vocês terem noção, em certa disciplina, puto com a mestranda que tomava conta da cadeira (por ela ter me posto na final injustamente), eu simplesmente desisti de estudar por quê só precisava de 3,5 na final pra passar com um medíocre 5 de média final. Este é apenas um dos exemplos de burrice que cometi em minha vida acadêmica.

Hoje, raciocinando de modo mais claro, vejo o quanto me prejudiquei por achar que o mundo era culpado de tudo e não eu. Ter raiva de professor por se julgar injustiçado (mesmo que seja verdade a injustiça), ou julgar-se bom demais para estudar qualquer coisa, ou ainda julgar que tal conteúdo não vai lhe ajudar em nada na sua vida profissional representa a falta de senso de realidade e de responsabilidade de qualquer pessoa.

Então, fica a dica, não façam isso. Estudem! corram atrás! se esforcem! A vida não será tão boazinha quanto seus professores. Estes irão apenas lhes reprovar, o que, na minha percepção, é um favor que estarão fazendo a vocês e a sociedade! Já a vida, bem, vacila pra tu ver...