quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Desgraça alheia


Tinha prometido a mim mesmo que não falaria sobre o assunto, mas se tornou impossível. Por quê? Porque estão me enchendo o saco nas redes sociais com manifestações ridículas sobre o assunto. Estou falando do diagnóstico recentemente feito sobre as condições de saúde o ex-presidente Lula.

Todo dia eu recebo mensagens do tipo: "Lula, faça seu tratamento no SUS!", "Essa pessoa não acha graça em brincadeiras relacionadas ao diagnóstico do câncer!", entre outras. A hipocrisia das pessoas chegou ao ridículo! É como eu disse em algum post lá de trás, essa "geração twitter" é uma desgraça para o Brasil!

Em primeiro lugar, o cara já não é mais presidente da república! Então, como todo brasileiro não exercente de cargo público eletivo, goza de autonomia da vontade. Por conseguinte, tem a porra do direito de se tratar onde quiser, CARALHO!!! Seja no SUS, no Português, no Sírio-Libanês, ou na puta que o pariu!!!

Em segundo lugar, a não ser que você seja da família dele ou diretamente sustentado por ele, você não tem nada a ver com o assunto! Esse é um problema particular. Claro que manifestações de solidariedade são bem vindas, mas as reais. Não as de Orkut ou Facebook! Uma carta, um presente, uma lembrança, qualquer coisa e não uma porra de banner de internet ou uma hashtag. Isso não faz a menor diferença na realidade.

Terceiro: vocês já perceberam que essa patuscada toda é promovida por simpatia (ou antipatia) política?

Os palhaços que mandam ele se tratar na rede pública de saúde não tem a menor noção da gravidade de um câncer, ou da notoriedade que uma figura como um ex-presidente tem! Seja por quê não conheceram ninguém próximo com a enfermidade, seja por quê estão muito ocupados protestando pelo twitter. Ele não é um comum! Ou esses paspalhos acham que ao se tratar num hospital público, ele vai estar ajudando alguém? Ele vai apenas estar retirando um leito de alguém que não pode pagar por um Sírio-Libanês! Além do quê,  junto com um VIP (sim, ele ainda é um VIP) vem toda uma estrutura não condicente com um ambiente legitimamente público, como seguranças, jornalistas, assessores etc. Mas só fala esse tipo de marda, quem não o é da "linha política" dele.

Já quem votou nele, ou é partidário do PT, ou é apenas Lulista, age como se fosse o último santo da igreja, pregando palavras de apoio e recriminando quem diz um ai contra o sumo sacerdote da pseudo-esquerda brasileira. Estes são os mais hipócritas, por quê são os que, se fosse FHC o diagnosticado com a mesma condição, fariam um inferno da vida de seu "algoz". Não duvido, inclusive, que já teria gente comemorando o infortúnio do maior nome da atual oposição. Mas como é seu ídolo que está na berlinda, ficam dando uma de Dalai Lama.

De coração, desejo melhoras ao ex-presidente, a quem tive o prazer de ser apresentado pessoalmente. Ele é um cara arretado (não estou falando de política) e, certamente, deve estar passando por uma situação muito difícil. Desejo força a seus familiares e que o povo brasileiro pare se meter na vida dos outros sem ser convidado.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Bonner, a sorte e o nosso bolso


Os apresentadores do "jornal nacional" impressionam. Não apenas pela qualidade da edição e pela competência de quem o faz este jornal dando aos apresentadores todo o suporte necessário para realizarem bem seu trabalho, caracterizada pela figura do sempre indiscutível William Bonner (que também é editor chefe o programa), mas pela capacidade que eles têm de transmitir mensagens sem dizer uma palavra.


Hoje, vendo ao lado do meu pai e da minha mãe, fiquei impactado com o modo como meus pais absorveram a sobriedade de William e Fátima. Eles, que estavam falantes e alegres, passaram a ostentar faces duras tais quais as dos apresentadores.


No entanto, quando você vai ver a razão de contagiante sobriedade, você também se torna sóbrio e passa a não mais creditar o estado de torpor de quem assiste o jornal ao casal mais famoso do Brasil (pelo menos em minha opinião). A enxurrada de más notícias impressiona tanto quanto a qualidade do programa.


É assassinato, criança suicida, congresso que não faz nada de importante etc. Contudo o que mais chama a atenção, não por sensacionalismo, mas por mexer onde todos odeiam que seja mexido, o bolso, são as notícias relativas à economia.


Não é mais segredo pra ninguém que as bonanças do governo Lula não eram fruto da competência deste ou dos que compunham seu primeiro escalão, mas do momento econômico à época em que ele assumiu o governo. Sem entrar em detalhes, quase tudo que aconteceu no governo dele em termos de investimento, queda do desemprego e outras coisas foi pegando carona no cenário internacional. Nós não tínhamos cacife pra chegar onde chegamos (sétima maior economia do mundo) sozinhos.


Claro que houve méritos em algumas áreas, mas a incompetência (pra não dizer tolerância com a corrupção) da gestão anterior à atual foi tanta, que estudiosos apontam que outros gestores teriam feito do Brasil um país muito mais competitivo do que é hoje se tivessem a oportunidade de gerir a máquina durante aquele período.


Mas Lulinha contou com a sorte e ela jamais o abandonou durante oito tranquilos anos. Mas ele se foi e, com ele, a sorte dele! O antigamente tranquilo e hoje visivelmente estressado, Guido Mantega, é o símbolo maior da situação de má sorte atual. Nada do que ele fala, há algum tempo atrás quase lei, hoje se escreve.


Ao menos contamos com a, por hora, seriedade e capacidade de gestão da presidente Dilma, que tem dado bons exemplos e se livrado dos vagabundos herdados por seu padrinho. Ela, com seu pulso forte, tem ajudado muito mantendo, pelo menos na fachada, a liberdade de ação do Banco Central, o que tranquiliza investidores e acalma o mercado.


O que espanta na verdade é que mesmo depois de tantos anos de bonança econômica, só interrompida em 2008, ainda somos totalmente dependentes de quem está quase falido (EUA). É esperar que a sorte (ou falta de) de Dilma vire e que ela, apenas neste quesito sorte, e só nele, vire uma Lulinha.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Voto distrital

Galerinha do mal,

A maioria de vocês sabe que sempre desejei que, de forma legal, fossem alteradas as regras do jogo eleitoral no Brasil por acreditar que essa seria a única forma de tirar o nosso país da lama. Hoje, lendo a veja, tomei conhecimento de um movimento que fez todo sentido pra mim e que gostaria de compartilhar com vocês (coisa que já fiz no facebook): o movimento do "Eu voto distrital".

Resumindo bastante aqui os benefícios desta nova forma de votação, este movimento (em dando certo) irá acabar com a eleição indireta de deputados, facilitar a fiscalização destes marginais e baratear as campanhas! Fora os benefícios indiretos.

Pra quem não sabe, é o método atual que possibilita que gente como Jaqueline Roriz (a ....................* que foi filmada recebendo propina no chamado "Mensalão do DEM") seja inocentada por seus pares indiretamente eleitos. Sabem por quê? Porque 477 deles não foram votados nas últimas eleições, logo eles acreditam que não devem explicações a nós!

Para mais informações leiam o manifesto na página http://www.euvotodistrital.org.br/ e a reportagem da veja desta semana que, além de esclarecedora, enumera todos os benefícios deste método de pleito ao legislativo. Rogo apenas para que isso não permaneça no papel e para isso é que precisamos, além de assinar, divulgar!

Estou contando com os senhores pra mudar a realidade atual.

*completem o espaço com qualquer adjetivo que os senhores(as) acreditam que merece uma deputada acusada de corrupção.

domingo, 4 de setembro de 2011

Merece o RECOMENDO

Nos últimos tempos, um programa tem feito parte da minha vida social: Burger King com os amigos Fábio e a Dra. Marcela Thorpe. Apesar de ter mudado (e muito) meus hábitos alimentares, às vezes é impossível não sucumbir às delícias de um bom hambúrguer. E desde que a BK se instalou em recife, o meu favorito passou a ser o BK Stacker.

Por quê? Porque não há nada mais simples! Hambúrguer, queijo e Bacon compõe a combinação mais fabulosa do mundo gastronômico depois do pão com mortadela e Barécola.

Quem me conhece sabe que sempre fui, digamos, bom de boca. Nos meus tempos áureos cheguei a cometer coisas impensadas como comer três sanduíches da McDonald's com suas batatas grandes (a minha e a de Erika) sozinho. Sempre com a boa e velha Coca de 700 ml. Hoje, nem de longe consigo realizar uma proeza dessas.

Contudo, depois de um bom tempo de civilidade alimentar, decidi que hoje teria uma refeição saudosista. Chegando ao BK, vimos várias faixas de propaganda que mostravam o cara do momento (Anderson Silva) com um sanduíche. No caixa, pedi o bom e velho stacker quadruplo acreditando ser ele que o garoto propaganda carregava, mas alertado pelo camisa 10, Fabão, percebi que me enganava. E consegui a tempo consertar meu erro. Ao invés do Stacker, eu teria que pedir o MEGA BK STACKER.

Foi o que fiz e, quando recebi a bandeja veio à surpresa: que sanduíche grande do caralho!!! Puta que pariu!!! Pior é que tinha pedido aquela merda quadrupla e com uma porra de um cheddar triplo. Meus amigos, tenho que lhes confessar que, mesmo que fosse o mesmo de antigamente, acho que não conseguiria come-lo com outro sanduíche sem passar mal. Àquela porra é o veneno do rato da molestia dos cachorro! Fábio não conseguiu terminar o dele. Marcela, que pediu um duplo, também não. Erika, que não pediu do mega pois reconhece suas limitações, conseguiu finalizar o dela com ressalvas.

Eu, para salvar a honra da mesa, consegui comê-lo todo! Acompanhado por um milk-shake de chocolate de 500 ml e uma porção de batata frita. "E o cheddar?" vocês podem estar perguntando. Esse ficou pra agora que estou escrevendo o post. A verdade é que mesmo nos tempos de cavalice, ele daria trabalho.

O fato é que, mesmo muito grande, ele é gostoso pra caralho! E, se Deus permitir, um dia voltaremos a nos encontrar para um segundo round.

domingo, 21 de agosto de 2011

Final Feliz!

Sei que a manifestação artistica deve ser livre. Sei também que por sermos todos diferentes é que nossas preferências podem não "bater". Mas será que isso impede qualquer história de terminar bem por mera tentativa de originalidade do autor?

Estive pensando nisso desde que vi "Capitão América". Sei que este é um filme que foi feito meramente para que sua sequência fosse filmada (Os Vingadores) e que este fato justificaria seu final. Mas será que eles não podiam dar um jeito do cara pelo menos ter o planejado encontro com a mocinha no final?

Outra coisa que deixa uma história capenga é quando os autores não levam em conta meritocracia. Como exemplo clássico temos a novela das 6 da rede globo. A mulher (linda, inteligente, "doutora", corajosa, honesta e justa) salva o camarada duas vezes, desiste de uma vida de luxo pra ficar com ele, toma até tiro pra poder estar junto dele e o filho da puta correndo atrás de uma porra de mulher que fez questão de abandonar ele por um playboy com cara de veado. Não dá pra aguentar um negócio desses.

Eu só estou falando disso minha gente, por que esses são dois exemplos de histórias que nasceram para dar certo e que por questões de... sei lá do quê, uma se tornou uma boa bosta e a outra está caminhando para um final desastroso (na minha opinião). Todo mundo deve conhecer uma história que estava perfeita até chegar um "fim" que mela tudo de merda!

Existem algumas regras básicas para que uma história não apenas agrade a maioria, mas, também, que ela ensine alguma coisa de útil. Histórias servem não apenas para encantar e entreter mas também para ensinar. Ensinar a ser forte, a se esforçar, a não desistir e que os sacrifícios, no final serão recompensados. Não que você deve esperar que tudo dê certo pois a vida sempre lhe dará chances.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais devaneios

Estou estudando para ingressar num mestrado. Ou, pelo menos, comecei a estudar. O fato é que a leitura densa, que versa sobre a área de conhecimento sobre a qual pretendo debruçar-me, faz qualquer um acreditar que a administração pública pode mudar apenas com a adoção deste ou daquele método gerencial.

Alguns autores até falam na retórica e autopromoção nas quais se baseiam as discussões acerca de reformas administrativas, mas não focam isso como uma das principais razões para que nada se altere. Outra destas é falta de iniciativa da própria população em torno da res publica. Contudo a falta de iniciativa popular em um país com índices educacionais sofríveis é, até, justificável, enquanto a famosa falta de comprometimento das mais do que letradas excelências do poder legislativo brasileiro permanece sendo algo de execrável e digno de nosso mais sublime repúdio. E, esta sim, é a principal razão para o engessamento da administração da coisa pública no Brasil.

Continuo acreditando que, acima de tudo, enquanto nossa Magna Cartha não for alterada (senão reescrita), a morosidade continuará a imperar dentro das repartições dos três poderes e a população continuará refém não do modelo burocrático Weberiano como concebido, mas do modelo atualmente adotado ao qual nos referimos como burocrático por mero perjorativismo inato à ignorância. Assim, do mesmo jeito que os bandidos diplomados do nosso legislativo estão mais preocupados com suas contas bancárias que com a gestão pública, estes pouco estão se lixando para a efetividade e a aplicabilidade da Constituição de 88.

Tendo convicção disso, só me resta estudar mais para ver se consigo mudar alguma coisa.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A la playa

Estou de férias. Não começaram hoje, mas hoje fiz uma coisa que queria faz tempo: ir a praia.

O céu estava mais que azul e a praia praticamente vazia (do jeito que gosto). Só faltou a caldeirada. Mas o fato é que ir a praia em recife ainda é um dos melhores programas pra se fazer por alguns fatores. O principal deles é o fato de  AINDA ser barato.

Acredito só conheço duas ou três pessoas que não gostem de ir a praia e, mesmo assim, estas conseguem ir (e se divertir) lá. É muito provável que o que elas não gostem (e que eu também não gosto) seja o calor infernal e o excesso de pessoas (a habitual farofa). Mas num dia "útil" o segundo fator de desgosto some e, por sua vez, o primeiro se faz ameno. Isso faz bastante diferença.

Portanto amiguinhos, quando tiverem oportunidade, vão a praia! aproveitem enquanto ainda podemos. Sexta-feira, estarei lá novamente!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Vergonha de ser hetero?

Rodrigo Fisher, da JFH consultoria (sigla para Jackson, Fisher e Halliday), está preocupado. Ele, assim como outros amigos que também assim confessaram estar, está se sentindo oprimido. Não que lhes dê razão, mas entendo sua angustia, afinal, em breve eles deixarão de fazer parte de uma maioria. Se já não deixaram.

Quando pequenos, nossos eventos sociais são basicamente os escolares. E estes, em boa parte, são marcados por comemorações de dias em que oprimidos superaram opressores, ou simplesmente são homenageados. Temos como exemplos o dia do Índio, o dia da consciência negra, o dia da mulher etc.

Ontem descobri que foi criado o dia do homem! Sim, o dia do homem que, por sinal é hoje (15/07)! Mês passado, estavam discutindo na câmara dos deputados a criação, por lei, do Dia do Orgulho Hetero! Se fosse um cara dramático, estaria citando a personagem Hamlet, por meio de sua célebre frase: "Há algo de podre no Reino da Dinamarca!" (William Shakespeare, 1601).

Tudo isso indica o óbvio: os homens heterossexuais estão se tornando minoria. Particularmente, não vejo nada de errado com isso e até acho legal que as pessoas estejam assumindo suas verdadeiras opções. Mas tem gente que está com os nervos a flor da pele! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Estou rindo porque percebo a situação, não a das pessoas que estão se revelando, mas a das que estão receosas, como um enredo de comédia pastelão. Explico. Como tendo a pensar tudo de forma matemática, pra mim, teoricamente, quanto mais membros na irmandade do arco-íris, melhor! Afinal, sobra mais mulher (não exatamente pra mim, pois sou comprometido). Mas o fato é que quanto menos gente está interessada, mais o preço do produto cai (oferta e demanda, Economia Básica). Então, por que ficar "nóiado" com o aumento no número de goiabas se você ainda é uma banana?!

Mas alguns não vêem desta forma. E a mídia (sempre ela!) reforça o sentimento destes. Em alguns programas a “forçação de barra” é tão grande que, a galera começa a pensar (reproduzindo o comentário do nobre Eng. Fisher): "Me sinto reprimido por ser hetero!". Outra pérola que ele acabou de dizer aqui: "se aqui no nordeste, que é cheio de homem, tá desse jeito, que dirá na França!".

Pausa... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

O problema, na visão deles, é que se você emite uma determinada opinião (como a de um ator que disse se recusar a fazer cenas com beijos homossexuais), você é taxado de homo-fóbico. Se você não gosta de ver casais homossexuais se beijando em área pública (coisa AINDA comum) você é taxado de homo-fóbico. Até bem pouco tempo atrás, muita gente não gostava de ver casais heterossexuais se beijando em público (eu mesmo fui vítima de tal "opinião"), pois achavam acintoso ou falta de respeito e nem por isso essas pessoas (geralmente mais velhas) eram taxadas disso ou daquilo outro.

A verdade é que a maioria das pessoas não é adepta de mudanças e isso se reflete principalmente quando uma pessoa que faz parte de um grupo majoritário, deixa de sê-lo. A repercussão deste fato passa a ser a opressão de suas idéias por meio da queda de sua representatividade na sociedade, em muitos casos.

Apesar de a democracia ser baseada no conflito de idéias, quando surge uma maioria real, vale dizer, que supere em uma proporção de 60/40 do total populacional estimado, esse conflito se torna um mero protocolo. Este passa a existir apenas por existir. Então, as idéias da minoria, apesar de ouvidas, são simplesmente descartadas e é isso que traz tanto receio a estas pessoas.

Contudo, o problema maior está na taxação que as pessoas tendem a fazer de quem externa suas idéias. E é isso que ocasiona problemas como opressão. A intolerância derivada da discordância é que faz com que as pessoas se sintam ameaçadas e não a mera opção dos outros por este ou aquele estilo de vida. Afinal, como diria o adágio, "o cú não é meu!" né mesmo?

terça-feira, 12 de julho de 2011

segunda em pleno domingo

Ultimamente tenho estado numa "seca" para ver filmes. Filmes "cult" (ou de arte, se preferirem) como Transformers 3, The Hangover 2, The Fast and The Furious 5 e outros. Então... como assim, não são de arte? É claro que são de arte! Pelo menos pra mim.

Enfim, o fato é que redescobri minha paixão pelo cinema. Então, decidi que tinha que ver algum destes filmes este fim de semana. Bem, no sábado não deu, logo, vou no domingo! "Mô, bora?!". "Bora Mozão!". Beleza!!!

Depois de um aniversário e de deixarmos a mãe dela em casa, seguimos para um shopping na zona sul da cidade a fim de matar minha "secura". Saímos de minha rua e pegamos a BR 101 sentido Av. Recife. Como já é um trecho mais do que conhecido (já é quase da família) seguimos no piloto automático, desviando dos buracos e desníveis da pista. É um percurso que, com prática e sem trânsito, dá pra fazer de olho fechado.

Vale dizer que, como é uma via de responsabilidade do Governo Federal, todas as obras são "um parto". Isso não é novidade para ninguém. Mas, seguindo, fomos em frente e pegamos a bifurcação à esquerda, em direção à supracitada avenida. E, para nossa surpresa, cerca de duzentos metros após a bifurcação, um engarrafamento.
Na lentidão do trânsito, começamos a nos questionar "o que porra foi que houve dessa vez?!". Eu, com toda a convicção típica dos idiotas, prolatei "deve ter sido uma porra de um motoqueiro!". Meu amor, com toda a sua "experiência", definiu a raiz do problema como sendo um caminhão quebrado, afinal, aquilo era trânsito de segunda-feira na hora do rush. Logo após um intervalo de uns dois minutos parados, no passo do elefantinho, fomos seguindo lentamente.

Acredito que todos sabem como é o passo do elefantinho. Baseado na dança do sonho de Dumbo (Disney, 1941), quando ele  e seu melhor amigo ficam bêbados, na dança, o elefantinho consiste em rebolados de um para um. Uma mexida pra direita e uma pra a esquerda e assim novamente até poder dar uns passos para frente. Foi exatamente o que pudemos fazer. Explico: com a proximidade do viaduto que fica logo após o prédio da Justiça Federal, começamos a pegar a faixa da esquerda (por causa dos buracos), depois a da direita (por causa dos buracos), depois voltamos para a esquerda (por causa dos buracos e da água acumulada), e depois voltamos para a direita (por causa de uma cratera, resquício do meteoro que aniquilou os dinossauros da Terra). Passado esse trecho entre o viaduto e o primeiro sinal da Av. Recife, como que por milagre, o trânsito começou a fluir e conseguimos ir em frente! Exatamente como no passo do elefantinho!

Minha noiva ficou impressionada com aquilo. Eu, cético, já não consigo mais me impressionar com a IMCOMPETÊNCIA da Prefeitura Municipal da Cidade do Recife. (Agora que chegou a hora de "meter o pau", temos que ter um certo cuidado. Vamos lá?)

Não estou atento ao que está se passando nas outras secretarias, ou melhor, nas secretarias que cuidam de assuntos diversos que não infraestrutura. Mas o fato é que, nessa administração, a cidade do Recife está entregue às baratas! Todos os cidadãos donos de veículos automotores da capital, esta que possui a segunda maior frota do Brasil (isso mesmo, só perdemos para São Paulo), estão revoltados com o descaso do alto escalão municipal com nossas ruas e estradas. Alguns acreditam que nosso prefeito vai ao trabalho (se é que ele trabalha) de helicóptero.

Isso por que estamos falando de uma prefeitura que tinha em seu slogan antigo a palavra “obra”. Acredito que alguém percebeu a gafe e disse "Pelo amor de Deus, tirem esse vocábulo daí! Se tem uma coisa que agente não faz é obra!". Isso só para comentar dos buracos. E quando falamos nas alterações feitas nos últimos anos, puta que pariu!!!

Não existe nada de mais absurdo em termos de engenharia de trânsito de que o final da Avenida Caxangá e a Av. Conde da Boa Vista! As alterações feitas ali revelam toda a capacidade cognitiva dos (i)responsáveis pela infraestrutura de nossa cidade. Eles dizem que criaram um corredor viário (vê, que audácia), mas a verdade é que criaram dois dos maiores gargalos viários da história da humanidade!

O camarada entra na Caxangá, pra quem não conhece, esta avenida possui via exclusiva para ônibus à esquerda, ou seja, longe da calçada da via, e, chegando ao fim dela (da avenida e consequentemente da via exclusiva), os ônibus têm que passar para a faixa da direita para poderem deixar e pegar mais passageiros na área da Benfica, onde as paradas de ônibus se encontram do lado oposto aos da Avenida Caxangá. Só isso já é o suficiente pra acabar com o trânsito da área. Mas tem mais companheiro! Aha, tem mais!

Após passar pela área da Benfica, segue-se em direção ao Derby e, logo depois do Derby, vem outro gargalo causado pela porra da reforma na Conde da Boa Vista! Os ônibus, que estão na faixa da direita têm que retornar à esquerda, pois nesta (acreditem se quiser), os carros é que gozam de via exclusiva, sendo esta composta por uma única faixa à direita da via. Ou seja: FUDEU FOI TUDO!!!

Acredito que como eles (o pessoal do partido do prefeito) dizem governar para os mais necessitados, o pensamento deles deve ser que todo rico tem carro, então bora foder quem anda de carro no Recife! Bem, se assim ainda o fosse, eu ficava calado, pois a maioria da população ainda depende de transporte público. Mas quem anda de ônibus também sofre as consequências do sucateamento da cidade.

Outro fato preponderante para o caos que está instalado no Recife é a ausência de fiscalização de trânsito. Afinal, todos os guardas municipais de nossa cidade são feitos de açúcar (logo, chuva, nem pensar né?) e, também, não podem sair de casa antes das 9 da manhã nem depois das 5 da tarde (pra evitar a fadiga).
Isso pra não falar de quando chove, né? Mas isso é papo para outro post. Falei isso tudo só pra desabafar mesmo...

Nossa querida Prefeitura conseguiu a façanha de transformar domingos de lazer em segundas de stress. Parabéns ao senhor prefeito. Espero não o ver novamente nas urnas do ano que vem!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sangue e Afinidade

Durante a faculdade, escutei algo muito interessante de uma colega de outro curso. Estávamos conversando sobre as relações familiares e ela disse que gostava mais de uma determinada pessoa (não relacionada com ela por sague) do que da própria mãe dela. "Não respeito sangue, respeito pessoas." disse ela.

Na hora me pareceu um absurdo uma pessoa dizer um negócio daqueles. "Isso e coisa de estudante revoltado" pensei. Mas depois de raciocinar sobre o assunto (ainda na época), cheguei à conclusão de que ela tinha a mais completa razão. Explico melhor.

O que ela tinha em mente (e eu passei a ter também) era que as pessoas são completamente diferentes. Enquanto eu posso ter pais maravilhosos e irmãos amigos, outra pessoa pode ter uma mãe repressiva, um pai molestador e um irmão canalha. Aquilo me pareceu absurdo na hora, mas, depois de algum tempo, me pareceu claro como o dia.

Dizem que amor de mãe é sem igual. O que dizer, então, de uma mãe que abandona sua prole para fugir com o amante. Ou da mãe que larga seu filho recém-nascido no lixo. O fato é que ligação sanguinea vale tanto quanto moeda de um centavo.

Então, amiguinhos, reflitam sobre o valor que vocês dão ou deixam de dar às pessoas! Não julguem ou se orientem apenas por laços familiares. Talvez àquela tia ou até mesmo seu avô não valha tanto quanto um amigo verdadeiro ou sua amada namorada.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Esclarecimento

O jurídico informa: falar mal do são joão de Caruaru por meio da internet pode dar dor de cabeça.

Então esqueçam o que leram no post "Não recomendo (parte 1)". Ele já foi deletado.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pasárgada e os Vencedores

Quem lê o poema de Manoel Bandeira, no fundo sente um pouco de inveja do Recitante. É fácil imaginar por quê. O cara vai pra um lugar maravilhoso, onde tudo que ele faz está fora de sua rotina e, além disso, está dentro do que lhe conferiria enorme prazer.

Todos temos nossas Pasárgadas. O lugar dos sonhos, onde tudo de melhor que a vida há de oferecer está ao alcance de um pedido (afinal, lá, somos amigos do Rei, certo?). Uns sonham com calmaria, outros com aventura, outras com um passeio no shopping mais próximo. Mas o que é consenso é a insatisfação com nossa realidade.

O homem médio é, por natureza, uma pessoa insatisfeita. Vejam que não disse infeliz, mas INSATISFEITA. O fato é que chega um determinado momento na vida de uma pessoa comum, que ela simplesmente cansa. Seja do trabalho, da família, dos amigos, do que for. Cansamos! O acumulo de problemas pequenos, ou o surgimento de um problema mais grave, nos faz querer "dar um tempo". Parar, relaxar e, só então, enfrentá-los (se realmente for necessário, é claro!).

É nesse momento que conseguimos distinguir os que chegarão ao topo dos que simplesmente continuarão onde estão. Nossas frustrações deveriam ser nossas molas propulsoras. Afinal, dificuldades, todos têm. A diferença entre os que crescem e os que ficam onde estão, é o modo como lidamos com estas. Face os problemas, a idéia de Pasárgada nos soa tão boa e tranquilizante que esquecemos "Por trás de todo problema existe uma oportunidade brilhante disfarçada". (John Gardner)

Então, por mais chata que esteja a situação, ou por mais complicados que estejam os problemas: PERSISTA! Mesmo que Pasárgada esteja mais convidativa que nunca.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Um verdadeiro homem

A pouco, estava vendo a entrevista dada por Juninho Pernambucano ao Sportv. Eu sempre fui fã dele, afinal, quando eu era mirim do Sport, ele tinha acabado de ascender ao profissional (sonho de qualquer garoto de qualquer divisão de base de qualquer clube). Então, quando ele chegou ao profissional, Eu e todos que treinavam no Sport sentimos que era possível realizar esse sonho.

Lembro como se fosse hoje ele entrando em campo careca, com uma cabeça maior que o corpo. É que o pai dele (pelo menos assim reza a lenda que nos era passada no colégio rubro-negro) só o deixou jogar profissionalmente depois que ele passou no vestibular. Verdade ou não, ele foi o primeiro jogador que vi que não cometia erros de concordância e só isso já era um fato para admirarmos nele.

Com o passar o tempo e as conquistas (além do fato, é claro, dele ser pernambucano e torcedor do Sport) minha admiração por esse cara só cresceu. Apesar das muitas injustiças cometidas com ele na seleção e algumas pela imprensa (assim como com Rivaldo) ele continuou respondendo dentro de campo e com a cabeça erguida, como bom pernambucano.

Hoje, percebo que aquele cabeçudo não era só intelecto e talento, mas também muito coração. Mesmo que esse coração bata mais forte pelo Vasco, onde ele se tornou o profissional que eu queria que ele tivesse sido no Sport, ainda assim, o amor que ele demonstra pelo Clube de Regatas Vasco da Gama é algo que não vejo faz tempo em um jogador profissional.

Ele topar jogar com um contrato onde ele ganhará apenas um salário mínimo é algo irreal. Sei que ele já é milionário e que dinheiro não é mais algo que faça falta para JP, mas o fato que não conheço outro jogador que tenha topado fazer a mesma coisa que ele está fazendo. E olhe que existem outros bem mais idolatrados que ele.

Acredito que nunca veríamos, por exemplo, Edmundo fazendo a mesma coisa pelo mesmo Vasco. Ou kuki pelo Náutico, ou Renato Gaúcho pelo Grêmio etc... A diferença não está no amor pela camisa ou na história com o time. A diferença entre JP e todos os outros está na honradez. Por consciência de que pode não render o que se espera dele, ele escolheu por fazer o que é certo e o que poucos profissionais fariam.

A diferença dele para os outros está na humildade de reconhecer-se como ser humano limitado pela idade (fator preponderante para queda de rendimento de um atleta). No fato de reconhecer-se como uma pessoa que já conquistou mais do que poderia sonhar em conquistar quando iniciou sua carreira. De mostrar que a mera pecúnia não pode comprar seu caráter ou seu amor por uma instituição que fez dele quem ele é hoje (ou que pelo menos completou sua formação de maneira brilhante).

Arrisco a dizer nenhum profissional faria o mesmo que ele fez. Pelo menos não os do mundo da Bola.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Será que temos jeito

Estava na minha cama, pensando na situação do Brasil. Geralmente fico pensando nisso depois de ler a VEJA. Após um de meus muitos devaneios, cheguei à conclusão de que o Brasil não tem jeito. Aliás, jeito tem, mas as pessoas não querem que esse jeito seja dado.

Depois de ver o Jornal Nacional, que hoje trouxe várias soluções inteligentes e sustentáveis para o problema do consumo de energia, conversei com minha noiva e ela (como a maioria dos brasileiros) disse que aquilo que estávamos vendo, nunca daria certo no Brasil. Eu retruquei dizendo que era claro que daria (aliás, daria certo em qualquer lugar do mundo).

Foi nesse momento que ela disparou a famosa frase que está na ponta da lingua da maioria dos brasileiros que conhecem como funciona o sistema por aqui: "Meu amor, falta vontade!". Foi aí que caí na real e percebi que ela não falava da solução brilhantemente dada pelo engenheiro de Estocolmo ou pela de seu colega alemão. Ela falava de nossa conjuntura como um todo.

Pouco depois dessa conversa, fui ler a VEJA e por mais que eu discordasse dela, o fato é que os veículos de informação dizem que ela está certa. Não gosto de remoer problemas, mas de achar soluções. E elas existem! As mais diversas soluções podem ser dadas para nosso caso. Mas será que queremos mesmo que elas saiam do papel?

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Baderna de quem não quer nada com a vida

Hoje, visitei meu antigo lugar de trabalho, o IFPE. Como era dia de debate entre os candidatos a Reitor, logo que cheguei fui direto para o auditório  e o encontrei completamente lotado. Com àquela visão, fiquei, a princípio, satisfeito. "meu Deus, como é bom ver esse alunos todos interessados no debate!" pensei.

Como ex-servidor da casa, (teoricamente) não poderia, ou melhor, não teria lugar reservado para assistir o evento. Principalmente com o auditório lotado como estava. Mas, como bom maloqueiro da CDU, deu meus pulos e consegui entrar. Bem, lá dentro vi que o acumulo de alunos lá fora, estava gerando certa insegurança lá dentro. Logo, então percebi a realidade.

Os alunos que lá estavam, não estavam para acompanhar o Debate (que estava sendo transmitido ao vivo pela internet, diga-se de passagem), mas sim para perturbar. Só percebi que eles não estavam nem aí para o debate, quando começaram a fazer coro com a música de estádio "UH VAMO INVADIR!!!" e outros de torcidas organizadas.

A realidade é que a maioria dos que ali estavam só queriam saber de perturbar e "gazear" aula. O absurdo comportamento destes alunos chegou ao ápice quando eles começaram a ameaçar os servidores que ali se encontravam. Isso mesmo: ameaçar!

O IFPE é uma escola. Como tal, tem em sua função precípua a EDUCAÇÂO! No meio do calor da situação, foi sugerido (não apenas por mim) que a polícia fosse chamada para controlar a situação, antes que acontecesse o pior. Foi quando um servidor (de verde) disse que chamar a polícia só iria piorar a situação. Nessa hora pergunto: Piorar como?

A verdade é que aquela situação parecia (ao menos para mim) totalmente armada! Armada para que o debate não acontecesse. Bem, mas como isso é mera suspeita, não posso comentar.

Mas o que posso (devo e vou comentar) é a falta de respeito desses alunos para com sua própria  escola, com os servidores públicos que ali estão para (também) servi-los e com eles mesmos.

Até onde eu saiba, a comissão eleitoral foi, também, eleita por todos de forma democrática! Então por que questionar agora um procedimento que já havia sido definido em edital criado por uma comissão legitimamente eleita?

A realidade é que os que estavam lá fazendo arruaça, só queriam tumultuar o ambiente. Tinha uma menina enlouquecida que, da parte de dentro, rogava aos que lá fora estavam que eles entrassem a força. Bradava que os servidores não deveriam estar lá e que aquele debate deveria ser feito apenas para os alunos.

Cheguei junto dessa figura e a perguntei por que, ao invés de incitar os "revoltosos", ela não ia para o palco e sugeria um adiamento do evento e mudança de local? Ela, com toda sabedoria de uma pré-candidata a deputada pelo PSTU, me respondeu que os alunos não estavam sendo representados ali. Que o Campus tinha sete mil alunos e que... Neste momento, a interrompi.

Lhe disse: "sim, certo. E você acha que aqui cabem sete mil alunos?"
Ela: " mas nesse caso seria só para os alunos da manhã."
Eu: "Melhor ainda, desconsidere os alunos da manhã. Considere apenas seus colegas que estão lá fora. Digamos que tenham 500 alunos lá. Vai caber esse povo todo aqui?".

Ela, nesse momento, ficou em silêncio. Foi quando eu continuei "Claro que não caberia e você sabe disso. Então, por que ao invés de você ficar incitando que eles quebrem a porta do auditório (que seria crime, por sinal), você não os acalma antes que alguém saia ferido?".

Sabem qual a resposta dela? O silêncio. Percebi neste exato momento que mais que rebeldes, estes pseudo-anarquistas não passavam de rebeldes sem causa. O típico aluno que não está nem aí pra própria vida acadêmica, que dirá para os problemas da escola como um todo. Isso é gente que só quer aparecer. Principalmente os "líderes".

Decepção é a palavra de ordem hoje.

PS: depois comento sobre a organização do debate e quem eu acredito que poderia ter contornado a situação se pudesse atuar.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O papel das Universidades no Brasil

Hoje, conversando com minha irmã, discutíamos sobre o novo movimento do sindicato dos servidores públicos da UFPE. Ela argumentava que o movimento estava pedindo coisas justas ao governo de modo errado e que o erro mais contundente estava no fato de estarem pedindo que não fosse instalado o ponto eletrônico para os servidores pois os professores não teriam que se submeter as mesmas regras.

Voltando para a Universidade, fui ler as reinvidicações da categoria. Realmente, ela tem razão! As reinvidicações são justas, mas as justificativas são ridículas. Bem, mas isso é assunto para outro post. O que se sucedeu a nossa discussão foi a constatação de que o papel das universidades está deturpado no Brasil.

Explico melhor. Se eu perguntar a você, leitor, qual o papel de uma universidade na sociedade, que você me responderá? Certamente a maioria dos senhores me dirá que é a formação de profissionais de qualidade, ou preparar os cidadãos que construirão o amanhã, ou qualquer coisa desse tipo. Amigos, os senhores estão totalmente equivocados! Melhor, falando como eu diria a um amigo íntimo: Vocês tão falando MERDA!

Mas não fiquem com raiva, que isso não é culpa de vocês, não. É culpa do nosso processo de desenvolvimento histórico que nos passou isso. Deixem eu contar uma história:

No meu primeiro dia de aula da faculdade (introdução a Adm.), nosso professor nos disse que alguns de nós iríamos sofrer muito na universidade porque não iríamos nos acostumar com o fato de que a universidade não serve para o ensino. Segundo ele, o ensino é só um complemento do que a universidade faz. Ela serve, de fato, para produção de conhecimento!

Na minha cabeça, naquela hora, aquilo não entrou. Mas hoje, depois de muito apanhar e de servir em duas escolas públicas, vejo que o que ele falou do alto de seus 25 anos de Docência (isso naquela época, 2003) era a mais perfeita verdade. Quem quer ser profissional qualificado, procure os cursos técnicos!

Nos "países ricos", fazer um curso superior é um luxo para poucos. Ou você é muito rico, ou é um excelente aluno. Ou, ainda, seus pais conseguiram juntar durante toda sua vida para lhe pagar um curso superior. Lá fora, ensino superior é um privilégio! Aqui no Brasil, principalmente nas duas ultimas gestões (FHC e Lula), os cursos superiores passaram a ser popularizados.

Esta popularização não deveria ser maléfica, se fosse bem feita. E ela o seria se incutisse nas pessoas a idéia correta sobre o papel de uma universidade na sociedade. Até hoje, quando vemos os comerciais das faculdades pagas, podemos perceber que eles anunciam uma formação profissional qualificada. Isso não deveria ser assim! A universidade serve para produção de conhecimento e (acredito) que a única que ainda tenha essa visão seja a Universidade Federal de Pernambuco. Isso, em nosso estado (claro).

Não é atoa que certos episódios acontecem a alguns alunos de faculdades privadas. Por exemplo: certa vez um amigo me disse que estava tendo dificuldades no sexto período de administração de uma certa faculdade privada, com a disciplina de Administração Financeira. Como era uma de minhas favoritas nos tempos de faculdade, fui procurar saber, com ele, o que estava acontecendo. Minha primeira pergunta foi "qual o autor que o teu professor está usando?" e (pra meu espanto) a resposta dele foi "hã?".

Surpreso, achei que ele não tivesse me escutado bem e refiz minha pergunta de forma mais objetiva. "Vocês tão usando o livro de Gitman ou o de Alexandre de Moraes?" perguntei. A resposta dele foi pior que a encomenda: "Quem porra é Gitman? Sei lá quem é esse “arrombado dos cavalo”!". Nessa hora eu não sabia se ria ou se chorava. Depois de algumas risadas, ele me explicou que na faculdade dele as matérias eram dadas com o uso de apostilas (como nos cursinhos pré-vestibulares).

Aquilo me fez ter a verdadeira noção de como o ensino superior é usado no Brasil. As faculdades privadas estão sendo pagas para formar técnicos e não bacharéis! Não é de se espantar o por quê do preconceito com profissionais oriundos destas instituições de ensino.

Só pra deixar claro: conhecer um autor, NÃO é ser um bom aluno. Mas é o primeiro passo para saber como se construiu aquele conhecimento que você está tentando adquirir. Saber como ele chegou naquele raciocínio é fundamental para que você possa tentar desenvolvê-lo e, assim, gerar mais conhecimento, melhorar os processos e desenvolver a sua área de estudo. É pra isso que a universidade serve: CONHECIMENTO! Por mera consequência é que, no processo, são desenvolvidos bons profissionais. Mas nem de longe essa é a atividade fim de uma Universidade.

Mas daqui que isso passe a ser entendido dessa forma, pelo menos pela maioria das pessoas que constroem o sistema...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Recomendo

Ontem, estava no meu quarto e, quando saí, minha irmã estava se acabando de rir de um curta-metragem chamado "Recife Frio". Hoje o vi no youtube e pude conferir o porque de tanta graça. Realmente, a situação seria cômica, se não fosse trágica. Imaginem o Recife com temperatura média de 10ºC!

Quando faz 25º, já tem gente achando que está na Sibéria! A quantidade de gente que sai a rua com casaco e bota?! Puta que pariu!!! De qualquer forma, o curta-metragem mostra todo o caos e algumas mudanças de comportamento que supostamente aconteceriam com uma mudança climática da escala proposta no filme.

Particularmente, tirando as ruas vazias, concordo com a maioria. Eu recomendo que vejam com um olhar crítico, por mais engraçado que possa parecer. Principalmente quando forem mostradas as situações pelas quais passariam as pessoas mais necessitadas.

E é bom lembrar que não é porque a situação não é verdadeira que estas pessoas não sofrem quando chove o que já chove por aqui.

links: http://www.youtube.com/watch?v=mwUvjGr9djE&feature=share
        http://www.youtube.com/watch?v=ZciEU5wRKvc&feature=share

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Chegou a hora

Compatriotas,

Faço esse post em forma de carta porque, de certa forma, é uma carta a todos os cidadãos brasileiros. Estou escrevendo esta carta, por que não aguento mais receber emails e ver notícias sobre o descaso das autoridades brasileiras com o povo brasileiro. Não preciso numerar aqui o que acontece, pois já é de conhecimento público.

O que gostaria que acontecesse (só que acho que nunca irá acontecer) era uma revolução. Uma revolução que produzisse uma nova Carta Constitucional, que nos livrasse de certas figuras que denigrem a imagem do Poder público no Brasil. Uma Carta que se adequasse da melhor forma às novas necessidades do povo Brasileiro.

Não vivemos mais no Brasil pós-ditadura. Não necessitamos mais de leis que protejam deputados e senadores. Precisamos de Leis que os façam ser os mais corretos possível. Precisamos de Leis que os façam agir da forma que estes deveriam agir e não agem por falta de punições.

Por estas razões que chamo o povo brasileiro a lutar! Está mais do que na hora do povo se levantar e ir às ruas! Protestar, brigar, gritar, reclamar o que é seu por direito: Um país onde existe justiça social, onde veríamos um bandido rico ir a cadeia e lá permanecer, onde veríamos um Senador que dirige bêbado ser preso e perder o mandato, onde veríamos um Deputado receber apenas o seu salário e mais nenhuma gratificação pelo que quer que seja, onde um político, ou servidor público, que fosse julgado corrupto seria considerado inapto para atuar em nome da Administração para sempre e não só por determinado período de tempo!

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Unir o inútil ao desagradável.

Hoje, no Recife, um boato de mal gosto tomou conta das ruas: "O governador tinha, em pronunciamento, dito que todos deveriam se dirigir a suas casa devido a ameaça de enchente!". Claro que, para quem não ouviu o pronunciamento, este fato se tornou motivo de preocupação. Mas, logo que soube do suposto discurso, ao sair da aula de informática, olhei para o céu e vi poucas nuvens e um sol até bonito.

"Pra quê essa sangria desatada?!" pensei. E garanto que não fui o único. Já é conhecido da população o fato de que comunidades situadas às margens dos rios estão alagadas desde as últimas chuvas e que alguns estabelecimentos comerciais tiveram que fechar suas portas devido a sua localização. Mas daí ao Recife inteiro ficar debaixo d'água? E o pior: num dia de sol?

Acredito, como mero observador dos fenômenos sociais, que muita gente se aproveitou dos boatos para dar aquela velha fugida do trabalho. Não me refiro aos que labutam nas áreas mais próximas aos rios, mas àqueles que não estão há pelo menos 500 metros de um. Dou o exemplo da UFPE. Às 4 e meia da tarde, a enxurrada não era de água, mas de carros evadindo-se da universidade.

O mais absurdo é que quando liguei pra casa para saber o que realmente tinha acontecido, escutei de minha irmã que o governador tinha ido a público para fazer o contrário do que tinham espalhado: acalmar a população. Logo mais a noite, escutei ele mesmo dizendo (na rádio Transamérica) que ainda cabia o dobro do volume de água na barragem que mais importa à região metropolitana do Recife.

O fato é que algum esperto queria largar mais cedo e inventou um boato que extrapolou os limites de seu ambiente de trabalho e encontrou vazão em outros espertos, loucos por uma oportunidade de abandonar suas responsabilidades e de ir para suas casas. Não vi o que aconteceu, mas pessoas sérias relataram caos nas ruas devido ao número de pessoas que quiseram ir para suas casas mais cedo a fim de evitar uma "catástrofe" que não existiria.

Vale dizer, um babaca conseguiu unir o inútil ao desagradável!

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Raincife ou Hellcife

A cidade de Recife é um poço de contradições. Como muitas outras cidades brasileiras, nela, podemos encontrar condomínios de luxo a 200 metros de favelas. Encontramos, também, bairros com infraestrutura completa e bairros que fazem certas cidades do interior pareceram Viena.

Contudo, a desigualdade estrutural entre os bairros não evita que todos, sem exceção sofram com alagamentos. E não se enganem amiguinhos, estes não são culpa das chuvas, mas sim do poder público. São os deputados (federais e estaduais) os senadores e os vereadores que dão destino diverso às verbas que deveriam ser destinadas às obras de saneamento básico da cidade do Recife.

A galera deve estar imaginando que eu estou viajando, "porque que esse porra tá falando de senador e deputado federal?". Em verdade, verdade vos digo, o município depende das verbas federais (e também estaduais) para poder realizar tais obras de infraestrutura. O que acontece é que as emendas parlamentares para falcatruas impedem que toda verba necessária chegue a seu destino e o pouco que chega, não serve nem para medidas paleativas.

Não podemos nos esquecer (é claro) dos membros do poder executivo municipal, que vive de promessas e de fazer obras que só servem para ser vistas pela população que, ignorante, continua votando nessa corja de vagabundos que mantem a situação do jeito que está.

Alguns dizem que moramos em hellcife no verão e que em Raincife no inverno. Eu digo que moramos em Hellcife o ano todo. Até porque, a cidade não deixa de ser um inferno por causa da chuva. Só vira um inferno pior!

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Geração Twitter

A alguns meses atrás, tomei conhecimento de um vídeo sobre fãs de uma banda colorida, que estavam revoltados pelo cancelamento de um show destes e por causa de umas pulseiras ou coisa do tipo. Bem, neste vídeo, um dos fãs diz que além de não gostar mais da determinada banda e que irá "xingar muito no twitter". Logo surgiram muitos remakes deste vídeo, com paródias sobre o que os fãs falavam e tudo mais.

Num destes remakes, quando o garoto dizia que ia xingar no twitter, cortavam a cena e colocavam uma legenda bem grande dizendo "SÉRIO?!". Pois é. Não que eu apoie a banda ou seus fãs, mas será que quem fez este vídeo, ou até quem riu daquele garoto, está fazendo alguma coisa diferente do que ele disse que ia fazer? Explico melhor.

Todos os dias, suas excelências, os nossos nobres legisladores depravam com dinheiro público, cometem crimes e pisoteiam o povo brasileiro. No entanto, alguém aqui vê algum protesto no meio da rua contra, por exemplo, o dito cujo que xingou a Preta Gil? Ou cidadãos indo às ruas pedir a cassação do mandato de um senador que ameaçou agredir em público um determinado repórter que estava apenas exercendo seu trabalho?

A resposta é não! O que vemos é um bocado de gente xingando no twitter. Os famosos Trend Topics são um rolo compressor de protestos contra atitudes de vários deputados e senadores, mas não passam de xingamentos de twitter. Se essa mesma juventude que passa o dia xingando no twitter e fazendo abaixo assinado na internet, fosse às ruas xingar esses criminosos ao vivo e a cores, talvez o Brasil fosse um lugar mais justo e com melhores condições sociais.

Enquanto não formos protestar na cara deles, não iremos nunca deixar de ser meros fãs de uma banda colorida.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Dever e honra

Quem me conhece sabe que sou meio "militarista". Não por ter servido ou qualquer coisa do tipo, mas por acreditar em coisas como disciplina, dever e honra. Sempre quis ter sido oficial, mas devido a falta de instrução sobre como chegar lá, perdi minhas oportunidades e hoje troquei esse sonho por outros. Os quais, inclusive, estou vivendo.

Bem, mas não é por que estou feliz que esqueci meus sonhos antigos nem que mudei meu jeito de ser, ou minhas crenças. E quando vejo filmes de guerra, ou que contam histórias de militares heróis (os míticos filmes hollywoodianos) fico muito nostálgico do que não vivi. Um filme que vi hoje me lembrou de meus antigos sonhos. O filme foi "BATTLE: LOS ANGELES".

Ele não tem nada demais. Apesar de contar com Aaron Eckhart no papel principal (pra mim um excelente ator), a história é bem bestinha. Mas o que me fez gostar do filme mesmo foi a ideia que ele passa sobre os homens e mulheres das forças militares. A ideia de um altruísmo tão grande, que nos lembra de que estamos apenas vendo um bom filme. Ou não?

Temos exemplos como o do sargento Alves da polícia carioca dentre outros. É nessa hora que penso que o mundo ainda tem jeito, sabiam? Bem, recomendo o filme a quem gostar de efeitos especiais e de um bom e velho heroísmo americano. Nas palavras dos heróis do filme:

- Retreat?
- Hell!!!

SEMPER FI

quinta-feira, 21 de abril de 2011

ah, meus livros!!

Não sei bem o que me levou a ficar tanto tempo sem escrever. Acredito que tenha sido a ânsia de voltar a me dedicar aos livros que vinha escrevendo. Mas o fato é que os problemas do dia a dia tiram a paciência e o tempo de qualquer cristão! E para fazer um negócio bem feito, é necessário tempo.

Vou escrever aqui o que tenho que fazer para dar sequência ao trabalho pra ver se me ajuda de alguma forma. Pra ficar mais concatenado, vou ver isso por livro, ok? Vamos lá:

"Artet" - Refazer o mapa do lugar onde se passa a história, refazer a árvore genealógica das personagens (pelo menos as principais) e reordenar a cronologia dos fatos. E acreditar que tinha tudo isso pronto, hem?

"BPORRADA" - Relembrar quais eram as personagens, seus perfis psicológicos e características físicas, criar as operações principais e matar alguém. (esse vai ser mais difícil, por incrível que pareça)

"De repente, herói" - Continuar a escrever.

Este último é o mais fácil. Como a história é uma mistura de realidade com ficção e todas as personagens são baseadas em pessoas reais, o que tenho que fazer é deixar a preguiça de lado e começar a trabalhar! O cotidiano é que está "me quebrando". São tantos os problemas que não consigo me concentrar. Vou ver se consigo depois de amanhã. Quando voltar da praia. Talvez com a cabeça mais descansada eu consiga produzir alguma coisa.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Voltei!!!

Salve, galera do mal!!! Voltei depois de um período de férias do blog. Tava precisando ver umas coisas aí, que não estavam me deixando escrever do jeito que gosto. Mas o fato é que voltei. A promessa é ser mais sucinto, menos nominal e menos freqüente. Quiçá não escrever as coisas na hora da raiva. É, vamos ver se consigo...

sábado, 19 de março de 2011

em breve

voltarei em breve. devido a algumas dicas de meu consultor jurídico (entenda-se: meu pai), decidi excluir tudo, mas quando voltar será com toda a força e com menos nomes.

abraços