sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais devaneios

Estou estudando para ingressar num mestrado. Ou, pelo menos, comecei a estudar. O fato é que a leitura densa, que versa sobre a área de conhecimento sobre a qual pretendo debruçar-me, faz qualquer um acreditar que a administração pública pode mudar apenas com a adoção deste ou daquele método gerencial.

Alguns autores até falam na retórica e autopromoção nas quais se baseiam as discussões acerca de reformas administrativas, mas não focam isso como uma das principais razões para que nada se altere. Outra destas é falta de iniciativa da própria população em torno da res publica. Contudo a falta de iniciativa popular em um país com índices educacionais sofríveis é, até, justificável, enquanto a famosa falta de comprometimento das mais do que letradas excelências do poder legislativo brasileiro permanece sendo algo de execrável e digno de nosso mais sublime repúdio. E, esta sim, é a principal razão para o engessamento da administração da coisa pública no Brasil.

Continuo acreditando que, acima de tudo, enquanto nossa Magna Cartha não for alterada (senão reescrita), a morosidade continuará a imperar dentro das repartições dos três poderes e a população continuará refém não do modelo burocrático Weberiano como concebido, mas do modelo atualmente adotado ao qual nos referimos como burocrático por mero perjorativismo inato à ignorância. Assim, do mesmo jeito que os bandidos diplomados do nosso legislativo estão mais preocupados com suas contas bancárias que com a gestão pública, estes pouco estão se lixando para a efetividade e a aplicabilidade da Constituição de 88.

Tendo convicção disso, só me resta estudar mais para ver se consigo mudar alguma coisa.

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