sexta-feira, 3 de junho de 2011

Baderna de quem não quer nada com a vida

Hoje, visitei meu antigo lugar de trabalho, o IFPE. Como era dia de debate entre os candidatos a Reitor, logo que cheguei fui direto para o auditório  e o encontrei completamente lotado. Com àquela visão, fiquei, a princípio, satisfeito. "meu Deus, como é bom ver esse alunos todos interessados no debate!" pensei.

Como ex-servidor da casa, (teoricamente) não poderia, ou melhor, não teria lugar reservado para assistir o evento. Principalmente com o auditório lotado como estava. Mas, como bom maloqueiro da CDU, deu meus pulos e consegui entrar. Bem, lá dentro vi que o acumulo de alunos lá fora, estava gerando certa insegurança lá dentro. Logo, então percebi a realidade.

Os alunos que lá estavam, não estavam para acompanhar o Debate (que estava sendo transmitido ao vivo pela internet, diga-se de passagem), mas sim para perturbar. Só percebi que eles não estavam nem aí para o debate, quando começaram a fazer coro com a música de estádio "UH VAMO INVADIR!!!" e outros de torcidas organizadas.

A realidade é que a maioria dos que ali estavam só queriam saber de perturbar e "gazear" aula. O absurdo comportamento destes alunos chegou ao ápice quando eles começaram a ameaçar os servidores que ali se encontravam. Isso mesmo: ameaçar!

O IFPE é uma escola. Como tal, tem em sua função precípua a EDUCAÇÂO! No meio do calor da situação, foi sugerido (não apenas por mim) que a polícia fosse chamada para controlar a situação, antes que acontecesse o pior. Foi quando um servidor (de verde) disse que chamar a polícia só iria piorar a situação. Nessa hora pergunto: Piorar como?

A verdade é que aquela situação parecia (ao menos para mim) totalmente armada! Armada para que o debate não acontecesse. Bem, mas como isso é mera suspeita, não posso comentar.

Mas o que posso (devo e vou comentar) é a falta de respeito desses alunos para com sua própria  escola, com os servidores públicos que ali estão para (também) servi-los e com eles mesmos.

Até onde eu saiba, a comissão eleitoral foi, também, eleita por todos de forma democrática! Então por que questionar agora um procedimento que já havia sido definido em edital criado por uma comissão legitimamente eleita?

A realidade é que os que estavam lá fazendo arruaça, só queriam tumultuar o ambiente. Tinha uma menina enlouquecida que, da parte de dentro, rogava aos que lá fora estavam que eles entrassem a força. Bradava que os servidores não deveriam estar lá e que aquele debate deveria ser feito apenas para os alunos.

Cheguei junto dessa figura e a perguntei por que, ao invés de incitar os "revoltosos", ela não ia para o palco e sugeria um adiamento do evento e mudança de local? Ela, com toda sabedoria de uma pré-candidata a deputada pelo PSTU, me respondeu que os alunos não estavam sendo representados ali. Que o Campus tinha sete mil alunos e que... Neste momento, a interrompi.

Lhe disse: "sim, certo. E você acha que aqui cabem sete mil alunos?"
Ela: " mas nesse caso seria só para os alunos da manhã."
Eu: "Melhor ainda, desconsidere os alunos da manhã. Considere apenas seus colegas que estão lá fora. Digamos que tenham 500 alunos lá. Vai caber esse povo todo aqui?".

Ela, nesse momento, ficou em silêncio. Foi quando eu continuei "Claro que não caberia e você sabe disso. Então, por que ao invés de você ficar incitando que eles quebrem a porta do auditório (que seria crime, por sinal), você não os acalma antes que alguém saia ferido?".

Sabem qual a resposta dela? O silêncio. Percebi neste exato momento que mais que rebeldes, estes pseudo-anarquistas não passavam de rebeldes sem causa. O típico aluno que não está nem aí pra própria vida acadêmica, que dirá para os problemas da escola como um todo. Isso é gente que só quer aparecer. Principalmente os "líderes".

Decepção é a palavra de ordem hoje.

PS: depois comento sobre a organização do debate e quem eu acredito que poderia ter contornado a situação se pudesse atuar.

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