quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pasárgada e os Vencedores

Quem lê o poema de Manoel Bandeira, no fundo sente um pouco de inveja do Recitante. É fácil imaginar por quê. O cara vai pra um lugar maravilhoso, onde tudo que ele faz está fora de sua rotina e, além disso, está dentro do que lhe conferiria enorme prazer.

Todos temos nossas Pasárgadas. O lugar dos sonhos, onde tudo de melhor que a vida há de oferecer está ao alcance de um pedido (afinal, lá, somos amigos do Rei, certo?). Uns sonham com calmaria, outros com aventura, outras com um passeio no shopping mais próximo. Mas o que é consenso é a insatisfação com nossa realidade.

O homem médio é, por natureza, uma pessoa insatisfeita. Vejam que não disse infeliz, mas INSATISFEITA. O fato é que chega um determinado momento na vida de uma pessoa comum, que ela simplesmente cansa. Seja do trabalho, da família, dos amigos, do que for. Cansamos! O acumulo de problemas pequenos, ou o surgimento de um problema mais grave, nos faz querer "dar um tempo". Parar, relaxar e, só então, enfrentá-los (se realmente for necessário, é claro!).

É nesse momento que conseguimos distinguir os que chegarão ao topo dos que simplesmente continuarão onde estão. Nossas frustrações deveriam ser nossas molas propulsoras. Afinal, dificuldades, todos têm. A diferença entre os que crescem e os que ficam onde estão, é o modo como lidamos com estas. Face os problemas, a idéia de Pasárgada nos soa tão boa e tranquilizante que esquecemos "Por trás de todo problema existe uma oportunidade brilhante disfarçada". (John Gardner)

Então, por mais chata que esteja a situação, ou por mais complicados que estejam os problemas: PERSISTA! Mesmo que Pasárgada esteja mais convidativa que nunca.

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